O mês de junho foi marcado por uma série de expectativas nos mercados financeiros, mas a maioria delas não se confirmou. A maior de todas essas expectativas referia-se à votação no Reino Unido sobre a permanência (ou não) na União Europeia (UE). A vitória do chamado "Brexit" por uma margem apertada, de 52% a 48%, provocou uma avalanche nos ativos de risco, diante das incertezas econômicas e geopolíticas que tal fenômeno pode provocar.
A derrota do esperado "Fico" britânico eliminou qualquer otimismo que pudesse vigorar nos negócios globais, após os números fracos sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos em maio praticamente dizimarem a possibilidade de um novo aperto na taxa de juros norte-americana no curto prazo. A menor criação mensal de vagas de emprego nos EUA em seis anos zerou as apostas de uma alta pelo Federal Reserve em 2016, encerrando o debate sobre se o movimento ocorreria em junho, setembro ou dezembro.